O Ministério Público Federal (MPF) em Sousa (PB) determinou a realização de algumas providências para garantir a segurança da população de Coremas (PB), devido ao excesso de água decorrente das recentes chuvas na região do sertão paraibano, principalmente em relação à possibilidade de rompimento da parede da Barragem, evidenciada nas fissuras e rachaduras existentes na estrutura. As providências foram determinadas em despacho assinado pelo procurador da República Fernando Rocha de Andrade.
O Procedimento Administrativo nº 1.24.002.000043/2008-43 foi instaurado a partir de ofício remetido pela juíza de Direito da Comarca de Coremas, informando que o excesso de água advindo das chuvas estaria comprometendo a capacidade de represamento da Barragem de Coremas e do açude Estevam Marinho.
O Ministério Público Federal em Sousa foi informado também que a única ponte que liga a zona rural ao município de Coremas está na iminência de ser levada pela força das águas, bem como que se tornou intransitável a rodovia em face da presença de muitos buracos e poças de água.
Diante disso, a defesa civil do estado da Paraíba já foi oficiada para que realize inspeção no local e indique a atual situação, bem como as soluções para o caso. O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Paraíba (CREA) e o Corpo de Bombeiros também foram oficiados para realização de vistoria pericial na Barragem de Coremas e no Açude Estevam Marinho, e devem informar ao MPF os reais problemas existentes nas estruturas de represamento e na ponte que conecta a zona rural ao município de Coremas.
O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) deve informar as medidas adotadas para inibir a ameaça de desabamento das paredes que represam as águas da Barragem e do Açude Estevam Marinho.
Já o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e a Polícia Rodoviária Federal foram oficiados para que realizem vistoria na rodovia e na ponte que conecta a zona rural ao município de Coremas, indicando se pende situação de risco de desabamento da ponte ou de outro trecho da rodovia.
Essa informação noticiada pela imprensa paraibana preocupa muito por que as água do Rio Piranhas vem de lá do complexo de Coremas e caso viesse a romper seria uma tragédia, pois municípios aqui no Seridó como por exemplo Jardim de Piranhas e Jucurutu poderiam desaparecer nas águas.